22 de agosto de 2012

#GreenEyes I



Ele abre a porta, segue andando entre as cadeiras de um modo desengonçado, creio que seja por causa da sua altura, ou talvez pelo seu jeito marrento de se portar. Senta no fundo da sala, no meio exato, proporcionando uma visão esplendida e privilegiada dos seus olhos ao sol. Observo cada movimento (acredito eu que disfarço bem), o jeito que levava a mão ao rosto quando sorria, o modo que cruzava as pernas, tão grande que mal cabia entre as cadeiras, o jeito que franzia a sobrancelha quando o sol insistia em tocar seus olhos (...) . Porque observar tanto ? É como se tivesse lido detalhadamente o prólogo de um livro novo, então, aquela sensação de euforia e encanto adentrou o meu ser !

Um comentário:

Will disse...

Talvez isso tudo seja uma medida radical de espantar o medo que sente, causado, certa vez por esse sentimento, mas sentimentos são para serem sentidos, e esses inevitavelmente sempre aparecerão. Logo, entrega-se e viva-o, nada tens a perder!