“(...) E eu aqui sentada na frente do computador, com um copo de café ardendo nas mãos, mas nada conseguia superar o vazio que existia em mim, a decepção, o descaso, a angustia, alguns sentimentos eu nem conseguia mais descrever, só tinha certeza que não estava bem, e não adiantaria dizer que não sei o motivo, por que eu sei. Para que esconder de mim, ou dos outros, ou de você. Um gole de café quente não machucava tanto quanto suas palavras, suas atitudes e sua mania de achar que aquela situação era normal. Realmente, era normal, mas não para mim, não para mim. Eu sabia que discutir não adiantaria mais, que tentar te explicar a minha situação nessa história também não adiantaria nada, foi ai que resolvi guardar tudo que estava sentindo, peguei uma mala preta em cima do guarda roupa, e então comecei a colocar todas as coisa que você havia me dito, tudo que havia feito, todos os meus surtos, o meu ciume, a minha angustia, a minha solidão, a decepção, entre outras coisas, fechei a mala e a coloquei novamente em cima do guarda roupa.”
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